Médicos na Suécia substituíram um vaso sanguíneo bloqueado em uma menina de dez anos usando a primeira veia criada em laboratório a partir de células-tronco da própria paciente.
A operação, relatada na versão on-line da revista médica “The Lancet” nesta quinta (14), marca o avanço na busca de novas formas para fabricar partes do corpo.
A técnica pode abrir as portas para enxertos feitos com células-tronco que podem, por exemplo, ser usados em cirurgias para revascularizar o coração ou em pacientes que precisam de hemodiálise mas não têm vasos adequados.
A equipe sueca agora diz que está trabalhando com uma empresa para comercializar a técnica.
“Acredito que em um futuro próximo vamos conseguir transplantar veias e artérias em larga escala”, afirmou Suchitra Sumitran-Holgersson, professora de biologia de transplantes na Universidade de Gothenburg e membro do grupo que realizou a operação na menina, em março de 2011.
A vantagem de usar tecido criado a partir das células do próprio paciente é que não há risco de rejeição. Assim, também não há necessidade de usar remédios imunossupressores para combater a rejeição pelo resto da vida, como é comum em transplantes.